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26 julho 2021

Os Mandamentos de Deus, a Fé e o Livre-Arbítrio

"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." (Romanos 14:12)

Ao lermos ao longo da extensão da Bíblia, desde o princípio, vemos Deus intervindo no mundo e levando a cabo a execução da Sua obra, se manifestando ao homem, e contendendo com o homem e com o Seu povo para que estes reconheçam os seus maus caminhos, se voltem para Ele, se arrependam do mau e sejam salvos. Ele intervém no mundo, o tempo todo, e contende com o homem mostrando a verdade do Seu poder, a Sua justiça e os Seus juízos para que o homem enxergue a luz da verdade, se arrependa e se converta do pecado, do mal das suas mãos, e assim possa ser salvo. Deus é um Deus de justiça, de verdade e de paz, que almeja salvar a todos aqueles que o buscam, se voltando para a Sua verdade eterna. Ele é fiel, justo e bom, de maneira que deu o direito do livre arbítrio e livre escolha para o homem, e nunca jamais violará ou tirará este direito dele. O livre-arbítrio existe, mas, todavia, ele provém da fé, de maneira que desde o princípio Deus salva o homem e traz para este a salvação através da existência da fé, pela qual existe o verdadeiro livre-arbítrio. Sem a fé não há a existência do livre arbítrio, que provém da fé, de maneira que a fé é o princípio e a essência de tudo, e ela é maior do que o livre-arbítrio. Muitos estudiosos e até consagrados pregadores afirmaram a inexistência do livre-arbítrio, enquanto outros o afirmaram. Isto não anula a autenticidade de seus ministérios e das suas pregações, já que a fé verdadeiramente é o princípio de tudo, pela qual o homem alcança a justificação e a salvação. Contudo, não podemos negar a existência do livre-arbítrio, que provém da fé, pois ele está demonstrado claramente em toda a extensão das Escrituras Sagradas. Vamos citar alguns versículos que atestam este atributo:

"Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos." (Gênesis 6:3)

Neste versículo vemos claramente que o Espírito de Deus "contende" com o homem, para que este se arrependa do pecado e ande no bom caminho de Deus, amando ao próximo, crendo na Sua Palavra e praticando a justiça. Sabemos que mesmo com a ação misericordiosa de Deus, os homens daquela geração, exceto Noé, não creram em Deus, para terem fé, e não se arrependeram das suas obras malignas até o fim, de maneira que não houve mais alternativa para o Senhor, senão trazer o Seu justo juízo sobre todos eles, de maneira que sobreveio o dilúvio, que matou a todos os inconversos ímpios e pecadores daquele tempo. Segue-se o próximo versículo:

"E disse: Por mim mesmo jurei, diz o SENHOR: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho, Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos;" (Gênesis 22:16)

Aqui está a tão conhecida ocasião em que Deus provou a fé de Abraão, para confirmar sobre este a Sua justificação e a Sua promessa. É certo que o Senhor projetou um grande plano e uma grande aliança de fé com Abraão, escolhendo-o dentre todos os homens da terra para através dele levar adiante o Seu plano de redenção que no final alcançaria todo o mundo, entre os que crêem no Seu Nome. Vemos ali que Deus fez um pedido para Abraão, que não poderia ser senão o maior de todos os pedidos, que Abraão entregasse a Deus em sacrifício o seu único e tão amado filho, nascido pela promessa de Deus e em plena sua velhice. Não poderia haver pedido mais difícil para Abraão, lembrando que este foi um acontecimento específico, em que estava envolvido um estágio no plano da redenção do mundo, e Deus não pedirá novamente jamais que ninguém faça tal coisa, pois ela foi cumprida em Abraão, que foi chamado o Pai da Fé daqueles que crêem em Deus. Abraão não desobedeceu a Deus, antes, creu no Seu poder e na Sua Palavra, levando o seu filho para o lugar designado, e estava mesmo para sacrificar o seu unigênito, quando o anjo do Senhor bradou do céu e lhe impediu que matasse o seu filho, pois Deus viu que definitivamente Abraão havia crido nEle e obedecido à Sua Palavra, de maneira que foi chamado amigo de Deus, fazendo um ato semelhante a Deus que, cheio de insuperável amor pela humanidade, um dia entregaria o Seu Filho Unigênito para salvar o mundo. Vemos então que Deus provou a Abraão, que pela fé tomou uma decisão extremamente difícil, exercendo pela fé o livre-arbítrio numa decisão praticamente impossível para ele, por temer e amar ao Senhor, que já lhe havia jurado que em Isaque, seu filho, seria chamada a sua descendência, crendo que Deus era poderoso para até dentre os mortos ressuscitar o seu filho. Seguimos para mais um versículo:

"Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha." (Êxodo 19:5)

Aqui vemos com clareza que Deus fez uma aliança com Israel, para que este fosse o Seu povo, e andasse de acordo com as Suas leis. Está muito claro que o mandamento de Deus e a Sua aliança eram condicionais, ou seja, dependiam da fé e da obediência dos Seus escolhidos. O livre-arbítrio não foi tirado, o povo poderia obedecer ou desobedecer a Deus, de acordo com a fé ou incredulidade que neles existisse. O mandamento era condicional, dizendo: "Se diligentemente ouvirdes a minha voz", de maneira que estava sendo respeitado o total livre-arbítrio e direito de livre-escolha, que vem primeiro pela fé. E sabemos que o povo incontáveis vezes foi incrédulo, se rebelando contra Deus e desobedecendo a Sua fiel Palavra, que conduz para a prosperidade e para a vida, e assim por desobedecerem, sofreram muitas disciplinas e o juízo de Deus, que vem pela Sua reta justiça. Vamos para o próximo trecho das Escrituras:

"E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram retas, contra o SENHOR seu Deus; e edificaram altos em todas as suas cidades, desde a torre dos atalaias até à cidade fortificada. E levantaram, para si, estátuas e imagens do bosque, em todos os altos outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes.  E queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações, que o SENHOR expulsara de diante deles; e fizeram coisas ruins, para provocarem à ira o SENHOR. E serviram os ídolos, dos quais o SENHOR lhes dissera: Não fareis estas coisas. E o SENHOR advertiu a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas. Porém não deram ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não creram no SENHOR seu Deus." (2 Reis 17:9-14)

Vemos aqui que, após muitos acontecimentos, o povo de Israel, já no tempo dos reis, se desviou da lei do Senhor, pela incredulidade, se rebelaram e praticaram todo tipo de pecado, de sujeira e obras malignas, desprezando a Deus e se levantando contra a Sua Aliança e contra o Seu tão fiel e bendito governo sobre eles, pelo qual teriam a Sua bênção e proteção para sempre. Está claro que o povo teve plena liberdade de escolha para obedecer ou desobedecer os mandamentos do Senhor, e aqui escolheram desobedecer. A fé é o principal e vem primeiro, mas se não houvesse livre-arbítrio, Deus não poderia ser justificado, exaltado e glorificado por todos aqueles a quem ele Criou, e lhes deu vontade própria, o fôlego de vida, e o poder de pensar, de julgar e de interpretar livremente. Seguimos adiante:

"Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus." (Mateus 4:17)

Vemos aqui, já com Jesus, o nosso Senhor, Messias e executor da Obra Final da Salvação para todos os que crêem, e a vinda do Reino Interno de Deus, vemos o início do Seu ministério terreno, no qual começou a pregar, com poder e sinais, sendo Ele o Filho de Deus, manifestando o poder de Deus e exortando a todos para que se arrependessem. Assim, no Novo Testamento, os desígnios da fé e do livre-arbítrio permanecem. Jesus não estava violando e nunca violou a fé e o livre direito de escolha, mas antes, anunciou o Evangelho e lutou com o coração do homem, exortando-os para que crêssem no testemunho e na verdade de Deus, pela fé através dEle, e pela fé se arrependessem dos seus pecados, exercendo livre-arbítrio, se convertessem dos seus pecados e fossem salvos. E seguimos, finalmente, dentre muitos outros versículos que poderiam ser citados, com Colossenses 1:21-23:

"A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro." (Colossenses 1:21-23)

Vemos aqui o apóstolo Paulo discorrendo sobre a graça salvadora de Deus, que Ele manifestou em Jesus Cristo, nosso Senhor, entregando o Seu Filho amado, inocente, justo e santo, para morrer pelos nossos pecados e trazer para o mundo a possibilidade de salvação e redenção para todos aqueles que através da fé crerem no Seu Nome e no Seu incontestável testemunho do Reino, do poder e da bendita vontade do Eterno, Magnífico e Sempre Todo-Poderoso Deus, nosso Pai. O renascimento espiritual, a vida e a salvação de Deus, que está em Cristo, foram dados para os santos, para todos os que o recebem pela fé, mas novamente ali está escrito: "Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé", demonstrando claramente que de forma terminante, a fé e o livre-arbítrio não são, e nunca serão desrespeitados no coração do homem, mesmo daqueles que creram em Deus e foram salvos. É necessário para os salvos perseverarem fieis e permanecerem firmes na fé até o fim, até que vençam e até que concluam cada um as suas carreiras no Combate da Fé, confirmando a salvação, glorificando o Nome de Deus e obtendo vitória final na Terra antes de serem elevados para o centro do Reino Celestial e Glória da Eternidade de Deus, onde aguardarão a volta de Cristo, a gloriosa ressurreição e a vinda final do Reino de Deus em plenitude sobre o mundo.

Concluímos, assim, que, desde a queda de Adão, Deus contende com o homem para que este se arrependa e seja salvo, que existe a fé, que é o principal de tudo, e que traz a salvação, e que somente debaixo da fé pode existir e ser exercido o livre-arbítrio, o qual Deus não viola, nem tira o seu direito. Não obstante de tudo, primeiro vem a Fé, que é maior e que é a essência de tudo, pela qual os homens, desde sempre, são justificados e salvos segundo o eterno propósito que Deus planejou para o mundo, para todos os que o recebem com um coração disposto e livre para o servirem e o adorarem, através de Jesus, em espírito e em verdade, obedecendo a Sua Palavra e andando nos Seus caminhos, em amor, com perseverança e submissão aos Seus mandamentos, que conduzem para a vida, buscando a Sua vontade, que deseja que todos os homens pratiquem a justiça e sejam salvos, para a elevação e realização espiritual plena, no Reino Interno de Deus, que presentemente já está nos corações habitados pelo Espírito Santo, onde há justiça, paz e salvação que duram para sempre.

PDF (PT): https://bit.ly/3eWqi3G 

Áudio Youtube (PT): https://youtu.be/ze-b9Y7Z9Ws

22 julho 2021

A Perpetuidade e Indivisibilidade do Reino de Deus

"Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração." (Daniel 4:3)
 
O Reino de Deus é um reino uníssono, integral e singular, centralizado, uniexistente e que não pode ser dividido. O Reino de Deus, que procede dos céus e que é desde a eternidade, no princípio existia na Terra através de Adão, antes da queda. Quando Adão desobedeceu a Deus e deixou o pecado entrar no mundo, o Reino de Deus foi tirado dele, e a morte e o império das trevas entraram no mundo. Seguiu-se um tempo de testes e provas para a humanidade, regida somente pela consciência. Como o mundo daquele estágio fracassou, com uma corrupção total e insuportável dos homens, exceto de um só que permaneceu temendo a Deus, Noé, então veio o primeiro grande juízo de Deus sobre o mundo, o dilúvio, que matou a toda carne, a todo ser que respira debaixo dos céus, permanecendo somente Noé, com a sua família e os seres naturais que entraram na arca. Noé se tornou um precursor e princípio de uma continuidade do Reino de Deus na Terra, mas ainda não de uma forma mais específica. Com Noé se estabeleceu o estágio do Governo humano sobre a Terra, um primeiro estado de instituição de autoridade e de lei sobre o mundo. Por exemplo, não ficaria mais impune o crime do homicídio, mas quem tirasse a vida do homem, pelo homem a sua vida seria tirada. Entre muitas situações, o homem tentou se ajuntar totalmente num só reino e lugar da Terra, no acontecimento da Torre de Babel, instituindo um governo mundial central e rebelde contra Deus, e desafiando o mandamento de Deus para o homem de se multiplicar e encher toda a Terra, para que somente Deus, que tem poder, governasse de fato o mundo. Deus interveio, confundindo a língua de todos, de maneira que todos se espalharam por sobre a Terra.
 
O Reino de Deus começou a ser implantado de uma forma mais decisiva novamente na Terra através de Abraão. Deus se revelou a Abraão como o Deus Todo-Poderoso, e lhe deu uma aliança de fé, prosperidade e de futura salvação. Através da Aliança com Abraão, Deus prometeu que lhe daria uma descendência muito numerosa, extraordinária e bendita, através da qual todas as famílias da terra seriam também benditas, e através do descendente escolhido, que seria Cristo, seria realizada a salvação do mundo, a salvação de Israel e de todos os povos da Terra entre os que crêem no Nome de Deus. A Aliança de Abraão foi confirmada para sempre quando este provou a sua fé pela completa obediência à vontade de Deus, prefigurando também que através da fé seriam justificados todos os que crêem. O Reino de Deus então prosseguiu o seu estabelecimento, estando dentro de Israel, os descendentes de Abraão. Quando o povo de Israel se multiplicou, servindo aos egípcios, e quando o tempo da sua libertação e instituição como nação chegou, Deus interveio novamente, enviando a Moisés, com autoridade, sinais e maravilhas, pela mão de Deus, que feriu a terra do Egito e os libertou, com grandes milagres, das mãos de Faraó. O povo de Israel andou pelo deserto quarenta anos, onde Deus instituiu com eles a Aliança da Lei, ou Aliança Mosaica, dando-lhes, através da obediência aos Seus mandamentos, a promessa de que Ele seria o Seu Deus e eles o seu povo particular, escolhido e separado entre todas as nações. Este foi mais um ponto do plano do estabelecimento do Reino de Deus. E Israel, depois de receber grandes disciplinas e juízos, entrou em batalha na terra prometida de Canaã, expulsando e destruindo os povos que pelas suas persistentes más obras, foram desapossados de suas habitações, e Israel tomou posse da terra que fora dada a Abraão por juramento e promessa. Seguiu-se o estágio da existência de Israel como povo e nação instituída.
 
O Reino de Deus estava presente e operando dentro de Israel, mas ainda não era a sua plenitude. Após muitos acontecimentos, de estágios cíclicos de desobediências e arrependimento, onde Deus executava juízos, disciplinas e intervenções de libertação para tratar o coração do povo, então se instituiu o tempo da monarquia, onde existiram os reis de Israel. Após a desobediência de Saul e a sua expulsão, Deus escolheu a Davi, que era segundo o Seu coração, para governar o seu povo. Foi com este que Deus estabeleceu uma importante aliança de fidelidade, de reinado perpétuo e de paz. Apesar de suas fraquezas e momentos de pecado, Davi era um homem que cria e confiava completamente em Deus, confessando o Seu Nome, e sempre se humilhando e se arrependendo, de maneira que este agradou a Deus, e alcançou bom testemunho, a ponto de Deus lhe dar também a promessa que de um dos seus descendentes seria levantado o Cristo, o salvador de Israel e do mundo. A Aliança de Deus com Davi foi também um importante ponto no plano do estabelecimento do Reino de Deus sobre o mundo. Seguiu-se o tempo da monarquia em Israel, onde como antes houve períodos alternados de obediência e desobediência, tempos de arrependimento, mas também tempos de idolatria.
 
Após muitas intervenções e paciências de Deus, perdoando-os por muitas vezes, e exortando para que o povo se arrependesse, e não havendo respostas, nem conversão, mas persistindo o pecado, o derramamento de sangue e a idolatria, Deus então entregou Israel e Judá para um juízo e disciplina mais decisivos, permitindo que reinos estrangeiros os vencessem, invadissem e destruíssem a sua terra, levando o povo escolhido em cativeiro para terras distantes. Porém a desobediência de Israel já havia sido prevista, e o plano do estabelecimento do Reino de Deus continuou progredindo e avançando. Após suportar o cativeiro, Israel foi brandamente restabelecido novamente à sua terra, embora debaixo do império de outros reinos, como o da Pérsia, onde houve a reconstrução da cidade de Jerusalém e do segundo Templo. Houve então tempos de sucessivas tentativas de restabelecer o reino independente novamente, onde por fim os judeus foram subjugados e subordinados pelo grande império Romano. Depois do profeta Malaquias, houve um período de silêncio da Palavra de Deus, de cerca de quatrocentos anos, até que finalmente chegou a plenitude dos tempos do mundo, o tempo da vinda do Escolhido, o Filho de Deus e Messias prometido desde antes da fundação do mundo, a Jesus, que nasceu de Deus como o Novo Adão da raça humana, santo, incorruptível, inocente e sem pecado, filho de Davi, segundo as Escrituras, ainda que gerado pelo Espírito Santo, pelo qual Deus traria a salvação para Israel e para o mundo, e o pleno estabelecimento do Seu Reino Celestial no mundo, embora primeiro na dimensão interior dos corações do mundo entre todos os que crêem no Seu Nome.
 
Jesus nasceu como homem, gerado de Deus, santo e sem pecado, sendo Ele Integralmente Deus e Integralmente Homem. Ele nasceu, cresceu, se desenvolveu, se submeteu a todas as implicações humanas a que todos nós também estamos sujeitos, exceto o pecado. Ele se submeteu aos pais, às autoridades civis, à Palavra de Deus e a dependência do poder do Espírito Santo. Ele cumpriu todas as coisas, sofrendo por nós todas as dores e tentações em que todos nós também estamos sujeitos, mas Ele, pela fé e obediência a Deus, à tudo venceu. Ele pregou o Evangelho, trouxe libertação aos cativos espirituais, luz aos que estavam nas trevas, curou os enfermos, estendeu as mãos aos desprezados e perdidos e pregou as boas novas aos pobres. Ele manifestou o poder de Deus, pregou e deu testemunho da verdade para todos, como o Supremo Embaixador do Reino de Deus na Terra. E tendo vivido a única Vida Perfeita, Santa e Justa que era possível entre os homens, tendo sido aprovado por Deus e vencido todas as provas da humanidade, entregou-se a si mesmo como oferta e sacrifício a Deus como expiação e satisfação do Juízo e da Justiça Divina, para que houvesse a possibilidade de perdão para os pecados de todo o mundo, entre todos aqueles que receberem o Seu Testemunho do Poder, da Vontade e da Verdade de Deus através da Fé. E porque o Seu sacrifício e a Sua vida justa, no Seu sangue inocente, agradou e satisfez a Justiça de Deus, trazendo perdão e redenção para todos os que crêem, e porque Ele venceu todo o poder do pecado e das trevas, Deus o ressuscitou glorificado e em vitória, ao terceiro dia, para a completa salvação e justificação de todos aqueles que crêem no Evangelho da Verdade.
 
Em Jesus, o Reino de Deus foi integralmente, e permanentemente estabelecido sobre a Terra, muito embora que ele foi instituído nas dimensões interiores da existência da Terra, dentro dos corações dos salvos, e não começou com visível aparência. O Reino de Deus então foi temporariamente tirado de Israel, que havia caído em incredulidade e desobediência, e então foi entregue à Igreja de Cristo, todos aqueles que recebem a salvação, nEle, através da fé no Seu Nome, e são renascidos e regenerados em espírito para uma nova vida incorruptível, que agora nasce primeiro do espírito, através da fé na Palavra de Deus. O Reino de Deus agora está na Igreja de Jesus Cristo, o qual é o Cabeça e Senhor da mesma, o qual recebeu, da parte de Deus, todo o poder sobre os céus e a Terra, sobre os quais já reina, aguardando que todos os Seus inimigos sejam posto por estrado dos Seus pés, até o tempo do fim.
 
O Reino de Deus, que está centralizado nos céus, é uníssono e não pode ser dividido, agora está dentro da Igreja de Jesus, Igreja que não está em templos, nem em nomes terrenos, mas que está nos corações habitados pelo Reino e Espírito de Deus, entre os que creram no Evangelho e foram salvos e renascidos em espírito para uma nova vida incorruptível pelo arrependimento dos pecados e através da fé. O Reino de Deus, neste estágio presente em que vivemos, desde a ascensão de Cristo, e até a Sua eminente volta visível, está estabelecido dentro da Igreja, e o Poder, a Presença, o Trono do Domínio, a Palavra e as Promessas de Deus estão entre eles, entre os que são renascidos pela fé e estão debaixo da autoridade e senhorio de Jesus, que é o Senhor de todos, mesmo sobre este mundo caído e sobre aqueles que ainda permanecem rebeldes a Deus nas trevas e na incredulidade, embora estes estejam em condenação e não poderão ser salvos, se não se arrependerem dos seus pecados em tempo para crer na verdade, e se permanecerem na incredulidade até o fim. Aqueles que permanecerem no reino das trevas, que é sustentado pela incredulidade e pecado, não participarão da salvação, da redenção e da bênção do Reino de Deus, mas estarão no caminho do Juízo Eterno e Destruição.
 
O Reino de Deus, no plano da eternidade, já teve sucesso e foi estabelecido na Terra, através da vida e obra de Jesus, e nada mais poderá impedir que a Sua completa manifestação apareça, inclusive no plano visível. O Reino de Deus está dentro da Igreja Verdadeira até a volta visível de Jesus, que se manifestará em poder e glória sobre as nuvens dos céus, aniquilando todo o resto de poder e de domínio do império das trevas que ainda resta sobre o mundo, trazendo de forma plena e absoluta o Domínio e Reino Eterno de Deus, que então será para todo o sempre, também sobre este mundo e sobre esta Terra em que estamos. Após a vinda vitoriosa de Cristo, então, Israel, finalmente se arrependerá e se converterá a Deus, crendo no Seu verdadeiro Messias, em Jesus, pois Deus não abandonou Israel, que foi reprovado apenas temporariamente, mas que continua sendo o Seu povo, que tem as promessas dos pais e as alianças eternas, inclusive a promessa da total redenção, restauração e libertação que, junto com a Igreja, durará para sempre. Foi através dos Judeus que a salvação foi trazida ao mundo. Eles são benditos e abençoados, guardados por Deus, muito embora tenham sofrido e sofram muitos juízos e disciplinas da parte de Deus para que se convertam, tenham o arrependimento e sejam aperfeiçoados para a completa salvação. Devemos prestar atenção que do mesmo modo em que Deus disciplina e disciplinava Israel, Ele também disciplina a Igreja, na qual no tempo presente está o Seu Reino, para que se converta do mal, do pecado, da idolatria e se voltem para o caminho da fé, da submissão e obediência à Ele.
 
Após a vinda de Cristo, que será vencedora, com poder e glória, então Israel e a Igreja serão unidos em um só Reino, e os dois povos se farão como se fosse um e serão os dois, juntamente e sem separação alguma, os portadores do Reino de Deus sobre a Terra, que então será estabelecido em totalidade e plenitude, em glória, onde todos os salvos, de todos os tempos, estarão corporalmente ressuscitados incorruptíveis e imortais, em plena esta dimensão visível, e o Israel de Deus, que são de fato um só povo, viverá e reinará glorioso e vitorioso, com Cristo, os mil anos de paz que será o Reino de Deus visível sobre a Terra, no fim dos quais haverá o juízo final e a ressurreição dos outros mortos, os que não foram salvos, que também ressuscitarão, mas para enfrentarem o juízo e a condenação final segundo as suas obras, e estes irão para o desprezo e juízo eterno. Mas os salvos, os que creram em Deus e em Seu Filho, contemplarão a destruição material desta Terra e deste Universo velho, contemplarão o nascimento de um novo Céu e uma Nova Terra, um novo universo, eterno, onde habitará a justiça. E todos os salvos, em eterna glória e vida viverão e reinarão com Deus e com Cristo para todo o sempre e eternamente, e o Senhor será o Seu Deus, e com eles habitará, e eles serão o Seu povo no Reino de Deus que já é desde a eternidade e que também para nós existirá e não terá fim, eternamente, pelos séculos dos séculos.

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17 julho 2021

Humildade e Prudência

"Importa, porém, caminhar hoje, amanhã, e no dia seguinte, para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém." (Lucas 13:33)

Deus nos deu a promessa da redenção, da futura ressurreição e da Vida Eterna para todos os que receberem pela fé o testemunho do Seu Filho, de Jesus, que nos trouxe a revelação da verdade e da vontade de Deus, que nos ama e nos salva, através dEle. Porém é necessário respeitarmos o nosso tempo probatório na Terra, andando no Temor de Deus, com humildade e na obediência no tempo da nossa carreira passageira onde deveremos dar testemunho da salvação e vencermos o Bom Combate da Fé, pela submissão e obediência à Deus e à Sua Palavra. Não devemos nos portar como os indivíduos exaltados e prepotentes, insubmissos às autoridades e às leis de Deus, que se portam com tamanha insolência e desrespeito, como se já estivessem acima até mesmo da própria morte. Quem crê em Jesus recebeu o Dom da Vida Eterna, não entrará em condenação e já passou da morte para a vida, e não precisa mais viver debaixo do medo da morte e do juízo futuro, pois recebeu o testemunho do Filho de Deus e renasceu em espírito para uma nova vida incorruptível. Porém é necessário respeitar o nosso tempo probatório de evidente mortalidade, pois a ressurreição, que primeiro se manifestou em Cristo, ainda não está realizada para todos, mas é uma promessa para um muito breve futuro para aqueles que receberem o Evangelho e permanecerem fieis na esperança da fé até o fim. Prestem atenção, irmãos, a Palavra de Deus nos diz que o Temor de Deus e a Justiça livram da morte, mas nem mesmo Jesus, antes da Sua glorificação, se dava por imortal.

"Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns." (2 Timóteo 2:18)

09 julho 2021

Eternamente o Único Deus

"Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR e não há outro." (Isaías 45:18)

O Senhor é o Único Deus, e Ele também não deixa de ser o Supremo Deus mesmo deste mundo temporário. Nada pertence ao Inimigo exceto a mentira. Tudo pertence ao Senhor, o Rei dos Céus, o bem e o mal, a vida e a morte, este mundo caído e os mundos superiores. Não significa que devemos amar esta vida passageira e colocar o nosso coração num mundo que está destinado ao fogo, e muito menos que devemos amar o mundo, mas que devemos colocar o nosso coração no Reino de Deus que dentro de nós já está presente e que também há de vir em plenitude. No entanto, apesar de esta vida ser apenas um teste de fé e uma prova para a eternidade, Deus continua sendo eternamente Deus, mesmo nesta Terra, e Ele estará sempre pronto a nos ajudar, a nos socorrer e nos dar vitória em todas as nossas tribulações que passamos aqui. Há um só Deus, e Ele é o mesmo eternamente. Apesar de que o Reino das Trevas domina o mundo dos incrédulos, Deus continua sendo o Único Deus sobre tudo, de eternidade a eternidade, sobre os mundos superiores e também sobre este mundo caído. Só o Senhor é Deus, ontem, hoje e em toda existência futura, e Ele pode nos ajudar perfeitamente e nos fazer vencedores, em Cristo Jesus, desde hoje neste grande batismo de fogo para o futuro da verdadeira vida de glória eterna e imortalidade nos novos Céus e na nova Terra que espera aqueles que crêem na verdade.

"E disse: Ó SENHOR Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus nem em baixo na terra; que guardas a aliança e a beneficência a teus servos que andam com todo o seu coração diante de ti." (1 Reis 8:23)