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01 janeiro 2018

Eleição e Predestinação

"Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas." (1Pedro 1:2)


"Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." (Romanos 8:29-30)

Muitos teólogos fazem confusão com a doutrina da eleição e da predestinação. Mas tudo se define no próprio texto da escritura, que diz que a eleição é "segundo a presciência de Deus". Ou seja, Deus elegeu os salvos não por mero agrado, mas por sua soberana visão presciente, sabendo perfeitamente quem eram os seus, nos quais a fé existiu desde a eternidade.

Sendo Deus soberanamente presciente, os elegeu, em seu Filho, desde o princípio, pela antevisão da fé que neles existiria. Por isto é necessário que os salvos sejam provados, para que a verdade a respeito da perfeita eleição de Deus seja confirmada e manifesta. Deus não tira o livre arbítrio, como muitos argumentam. Ele não precisa fazer isto, e não o faz. Ele enxerga as nossas obras desde a eternidade. A sabedoria de Deus é suprema. Ele é maior do que o livre-arbítrio e enxerga tudo no interior do coração desde o princípio.

A eleição dos salvos foi feita de antemão, antes da sua passagem sobre este mundo, porque estavam reunidos, diante de Deus, na eternidade. O que acontece na Terra, já esteve determinado na eternidade. E isto está dentro do coração de cada um. Quem é eleito, já sabe disto desde o princípio, pois o Espírito de Deus o testifica dentro de seu coração.

Quem é eleito não precisa se preocupar com o livre-arbítrio, pois o eleito não sente prazer no pecado, nem o procura, nem por ele sente interesse, pois o seu prazer é fazer a vontade de Deus e buscar o Seu reino e a sua justiça. Ele sente prazer em praticar a justiça e falar a verdade. Ele não precisa questionar a Deus.

Tudo é pela presciência soberana de Deus. Nem a queda do homem escapou da sua presciência. Por isto está escrito que ele nos elegeu desde "antes da fundação do mundo"(Efésios 1:4). Antes de Adão pecar, a eleição já havia sido realizada.

Os propósitos de Deus são eternos. Ele planeja tudo com assombrosa exatidão e sabedoria. E todos os seus planos se realizam de maneira exata e no tempo determinado. A mão de Deus dirige tudo e todos de maneira que a sua glória, sua verdade e o seu poder prevaleçam e seus propósitos eternos se cumpram.

Se você sente a direção de Deus dentro do teu coração, você tem a eleição, e se for verdadeira, ninguém a poderá tirar, desde que você permaneça na fé até o fim, pois é dádiva eterna provinda de Deus, em Cristo. Por isto, é necessário que você passe por várias provações e vença, para que Deus seja glorificado pela vitória dos teus atos de fé e de justiça, em sujeição à sua vontade soberana.

A eleição não está sujeita ao tempo. Ela é uma dádiva sublime de Deus, gerada em Cristo, o "Cordeiro de Deus morto desde a fundação do mundo" (Apocalipse 13:8).

Antes de Adão pecar, Cristo já havia tomado sobre si a morte expiatória para nos redimir dos nossos pecados.

A eleição é pelo fato de que Deus vê com perfeição o destino e o desenvolvimento do seu projeto desde o princípio. E mais do que isto, Ele vê o interior do coração. A eleição não falha, e não poderá falhar. Foi determinada pelos desígnios de Deus, desde a eternidade.