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12 outubro 2016

Nossa Vitória em Cristo

“Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.” (Romanos 8:37)

A nossa vitória está na morte e ressurreição de Cristo. Pelo fato de Ele se ter posto em nosso lugar como substituto, para sofrer a nossa condenação, por causa dos nossos pecados. 
 
A nossa redenção e libertação 
 
Jesus sofreu a nossa condenação, que era a morte, o salário do pecado (Romanos 6:23), mas Deus o ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela (Atos 2:24), E Ele destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho (2 Timóteo 1:10), e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz (Colossenses 2:14); E tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz (Colossenses 2:15). Se Cristo pagou a nossa dívida, já não somos culpados diante de Deus, e os nossos inimigos perderam o domínio que tinham sobre nós, agora pertencemos a Cristo.
 
Nossa vitória em Jesus Cristo é completa e definitiva. Ele aniquilou toda força que nos prendia, nos libertou dos pecados e nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos(1 Pedro 1:3).

...e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado; em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados; (Colossenses 1:13-14)
E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte. (Apocalipse 12:11)

O caminho para a vitória

Só existe um caminho para a vitória, a Cruz do Calvário, onde Jesus foi crucificado; é lá que se centra a esperança da humanidade, pois ali se abriu para todos a porta para levar de volta a Deus.
Todo vencedor tem que passar pela Cruz, isto significa ser crucificado juntamente com Cristo. Assim como Ele venceu pela cruz, nós também vencemos junto com Ele; e assim como Ele ressuscitou, assim também um dia ressuscitaremos com Ele.
Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; (Romanos 6:5)
Jesus, antes de passar pela Cruz, enfrentou o Getsêmani, o lugar da decisão crucial, onde teve de renunciar a própria vontade para cumprir a vontade do Pai. Ele sabia que o preço da nossa redenção era caríssimo, e que por isso teria de sofrer as mais terríveis agonias da Morte; além da afronta, desprezo, rejeição, humilhação, escárnio – somente no caminho para a Cruz; e que teria de levar sobre si as nossas enfermidades, carregar as nossas dores, ser ferido por causa das nossas transgressões e esmagados por causa das nossas iniqüidades, receber o castigo que nos traria a paz e ser pisado para sermos sarados (Isaías 53.4-5). Ele renunciou a si mesmo em nosso favor e se entregou para ser morto em nosso lugar.
...o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. (Filipenses 2:6-8)
Assim como Cristo, todo cristão tem que passar pelo Getsêmani, a renúncia de si mesmo, a entrega e consagração de sua vida ao Senhor, ainda que já não pertencemos a nós mesmos; e a decisão de tomar a sua cruz e ir após o Senhor, seguindo o seu mesmo caminho de sofrimentos e tribulações, mesmo que o preço maior já foi pago pelo Senhor. Contudo, para ser um vencedor é necessário que se tenha enfrentado uma luta, por isso o Senhor nos deixou a sua carreira como exemplo para seguirmos. Isto não quer dizer que temos que morrer na Cruz, pois Cristo já o fez, e só ele poderia faze-lo. O que tem que ser crucificado é o nosso velho homem, pois é com este que está o egoísmo, o desejo de querer tudo para si, viver para si e não para Deus.
Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. (Romanos 14:8)

A vitória sobre o pecado

Para entendermos o que o Senhor quis dizer com tomar a sua cruz temos que considerar isto: – o nosso velho homem é o que foi crucificado, a natureza carnal, o corpo do pecado foi deixado na cruz; – este corpo tem que ser mortificado, já não vive por si; – devemos dominá-lo pelo Espírito e subjuga-lo a escravidão (1 Coríntios 9:27) (para servir a Deus, e não ao pecado).
...sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. (Romanos 6:6)
Sendo assim, tomar a nossa cruz significa tomar este corpo físico e seguir os mesmos passos de Jesus, andar como Ele andou (1 João 2:6), pois que enquanto estamos na Terra estamos habitando no corpo físico. E assim como a cruz era pesada ao Senhor, assim este corpo se torna pesado com suas fraquezas e com sua resistência para servir. Mas o Senhor nos fortalece sobremaneira, de modo que até nas nossas fraquezas somos fortes. E como os nossos pecados foram deixados na Cruz, eles já não têm domínio sobre nós; temos a vitória sobre o pecado. É no corpo físico que fica a velha natureza carnal, e agora travamos uma luta: o espírito (homem interior, o espiritual) contra a carne (homem exterior, o natural).
Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. (Gálatas 5:17)
O homem natural (geração de Adão), se inclina para o pecado, e se corrompe pelas concupiscências do engano (Efésios 4:22b), a respeito deste, a Palavra de Deus nos ordena a despojar-nos (Efésios 4:22a).
Jesus nos concedeu poder para vencer a natureza da carne, pelo poder do Espírito Santo junto ao homem espiritual (geração de Cristo), que se inclina para a justiça e santidade, segundo foi criado (Efésios 4:24), e que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou (Colossenses 3:10). Devemos, para isso, repreender os desejos da carne e não satisfaze-los. As obras da carne são identificadas em Gálatas 5:19-22:
Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias[glutonaria], e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. (Gálatas 5:19-22)
Notemos o aviso de Paulo: os que tais coisas praticam, não herdarão o reino de Deus; Cristo nos regenerou e santificou no Espírito, se andarmos na carne caminhamos para a morte (Romanos 8:13). E somente pelo Espírito podemos vencer a carne; pois seria inútil tentar reprimir estes desejos somente por força de vontade, porque assim, cedo ou tarde acaba-se cedendo. Devemos nos esforçar, mas estar na dependência do poder do Espírito Santo para vencer, é o Senhor quem nos dá a vitória, quando confiamos Nele.

Vejamos os frutos do Espírito:
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. (Gálatas 5:22-23)
Estes frutos se manifestam numa vida de santidade e justiça, na prática do bem; não para ser justo, mas porque já fomos tornados justos em Cristo. Os frutos do Espírito são apenas a manifestação do homem interior, que é nova criatura, nascido do Espírito – A árvore se conhece pelo seu fruto (Mateus 12.33). Este é o padrão de vida de Deus, que lhe é agradável; e nem leis humanas podem contesta-lo.
O Cristão vencedor é o que anda no Espírito, numa vida de santificação e entrega de si mesmo à vontade de Deus, não importando o preço que se tenha de pagar, “pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada(Romanos 8:18).”
Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo... (2 Coríntios 2:14)

A vitória sobre Satanás

Estávamos aprisionados no reino das trevas, do qual Satanás é o príncipe; isto nos subjugava ao seu poder e a fazer o que ele queria. Jesus chegou a dizer para uns religiosos que se achavam justos: Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai (João 8:44); Satanás passou a dominar o homem pelo pecado, desde a queda de Adão, porque quem comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio (1 João 3:8); mais uma explicação para tanta perversidade existente no mundo. Quando Adão pecou, ele entregou o domínio do mundo a Satanás (Lucas 4:6), que passou a fomentar um reino de rebelião contra Deus; e a tal ponto chegou a perversidade no mundo, que Deus resolveu destruir a raça humana, que foi salva por pouco, através de Noé, que achou graça aos olhos de Deus e foi poupado (Gênesis 6:5-8).
Jesus veio ao mundo exatamente para redimir a raça humana, tira-la do poder de Satanás e levar o homem de volta para Deus. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo (1 João 3:8). O homem estava condenado porque tinha uma dívida, mas Jesus pagou a dívida do homem, com o seu sangue derramado na cruz, então Satanás perdeu o direito de sobre a humanidade e foi expulso da sua posição e perdeu a sua autoridade. Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. (João 12:31)

Assim, Jesus destruiu aquele que tinha o poder da morte, o Diabo (Hebreus 2:14), e triunfou sobre a própria Morte. Ele então nos vivificou, porque estávamos mortos em nossos pecados (Ef 2:5), e nos outorgou o poder do Espírito Santo, para lutarmos contra as hostes das trevas.
Além disto, o Senhor Jesus colocou todo o poder das trevas debaixo dos nosso pés (Lucas 10:19), nos dando autoridade sobre Satanás e os demônios.

A luta espiritual

Apesar de vencido, o reino de Satanás ainda continua atuando na Terra, dominando os homens que permanecem incrédulos e alheios ao Evangelho de Cristo.
Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. (2 Coríntios 4:3-4)
Satanás não é o senhor da Terra, nem a ele pertencem as almas dos homens, ainda que incrédulos, mas ele governa o presente sistema estabelecido no mundo, porque o mundo inteiro jaz no maligno (1 João 5:19).
Por isso agora se trava um grande combate espiritual nas regiões celestiais da Terra, o reino de Deus contra o reino de Satanás. A vitória do reino de Deus já se deu na Cruz, quando Jesus destruiu o poder das trevas, mas a luta continua até o tempo do fim, Pois é necessário que ele[Cristo] reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés (1 Coríntios 15:25). Entendemos então que esta luta pertence a Cristo, e conseqüentemente a Sua Igreja também participa dela, pois a Igreja é o Corpo de Cristo (1 Coríntios 12:27), sendo Cristo o cabeça da Igreja (Efésios 5:23). Por isso cada Cristão é convocado a participar desta luta, que é no Campo da Fé, para manter a submissão e obediência nos Caminhos da Luz, porque é membro do Corpo, e deve lutar como bom soldado de Cristo (2 Timóteo 2:3).

...pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes. (Efésios 6:12) "Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas." (1 Timóteo 6:12)

Nesta luta há várias regiões de combate nas quais temos que lutar:
1. Pela fé: ...combatendo juntamente com uma só alma pela fé do evangelho (Filipenses 1:27); – Satanás emprega os meios mais sutis para tentar destruir a fé do crentes: Desviar da verdade (2 Timóteo 2:18); Voltar os interesses para as coisas do mundo (2Tm 4:10); Perverter o Evangelho (Gl 1:7), infiltrando nele coisas que vão além do anunciado por Cristo (Gl 1:9); Deturpar a sã doutrina (Romanos 16:17). O cristão deve se fortalecer em Deus para que a sua fé não se esmoreça na hora da provação.
2. Contra o pecado: São diversas as tentações que nos sobrevêm, mas devemos permanecer firmes e não ceder, sabendo que não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar (1 Coríntios 10:13), e resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós (Tiago 4:7).
3. Nas aflições: O crente deve suportar com perseverança as aflições que lhe sobrevém, por causa do evangelho e por amor a Cristo (Filipenses 1:29), sabendo que Ele nunca nos desampara e que estará ao nosso lado na angústia (Salmos 91:15) e nos consolará (2 Coríntios 1:4).
...mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome (1 Pedro 4.16).
4. Contra as forças das trevas: É uma luta espiritual nas regiões celestes, contra o poder das forças espirituais da maldade, embora para nós ela se desenvolva somente no Campo da Fé, e os exércitos de anjos do Senhor são os verdadeiros agentes que travam este combate pelos salvos. Esta luta só é possível através de armas espirituais, que são virtudes como a própria Fé, a Justiça e a Verdade: pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas (2 Coríntios 10:4); e o crente deve estar fortalecido no poder de Cristo e revestido da armadura de Deus (Efésios 6:10-11).
5. Pela pregação: A principal missão da igreja: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15). Isso só é possível através do poder do Espírito Santo:
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra. (Atos 1:8)
Anunciar a salvação em Cristo Jesus para todas as pessoas, para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim. (Atos 26:18)

A carreira do cristão

Deus têm para cada um de seus filhos um plano a ser executado na terra, e lhe propõe uma carreira a ser percorrida. Nela estão as lutas que o cristão terá de enfrentar, mas Deus garante a vitória para todo aquele que permanecer fiel até o fim, ainda que em face da morte (Apocalipse 2:10).
Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus. (Hebreus 12:1-2)
O Senhor Jesus faz muitas promessas para aqueles que vencerem: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus (Apocalipse 2:7). O que vencer, de modo algum sofrerá o dado da segunda morte(Ap 2:11). Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe(Apocalipse 2:17). Ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com vara de ferro as regerá, quebrando-as do modo como são quebrados os vasos do oleiro, assim como eu recebi autoridade de meu Pai (Apocalipse 2:26-27); O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos(Apocalipse 3:5) . A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome(Apocalipse 3:12) . Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono(Apocalipse 3:21).
O cristão que permanecer fiel até o fim da carreira então poderá dizer as palavras triunfantes, assim como Paulo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. (1 Timóteo 4:7)
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Coríntios 15:57)

05 maio 2016

Os Dois Tipos de Sementes



Cada um planta o que quer. Depois vem a colheita...

SEMENTES DE VIDA
SEMENTES DE MORTE
AmorÓdio
PazViolência
Incredulidade
BondadeMalícia
JustiçaImpiedade
VerdadeMentira
HumildadeSoberba
AbnegaçãoEgoísmo
IntegridadePerversidade
PerdãoVingança
CompaixãoCrueldade
LealdadeTraição
MansidãoIra
FidelidadeInfidelidade
SinceridadeFalsidade
RespeitoInsolência
TrabalhoTrapaça
GenerosidadeAvareza
Domínio PróprioLibertinagem
DiligênciaPreguiça
ModeraçãoPrepotência
BenignidadeInveja
PaciênciaPrecipitação
Temor a DeusIniquidade

"Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (Gálatas 6:7)

25 abril 2016

Estudo Bíblico - Fé

Hebreus, capítulo 11:

1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.
2 Porque por ela os antigos alcançaram bom testemunho.
3 Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê.
4 Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala.
5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o transladara; pois antes da sua transladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
6 Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.


Firme Fundamento (ou certeza): é algo seguro, bem alicerçado.
Das coisas que se esperam: esperança é para o que ainda não se pode ver. A fé é a certeza de que esta esperança certamente se cumprirá. A fé não traz dúvidas, nem temor, mas uma plena convicção. Pois pela Palavra de Deus há de se realizar.

Prova das coisas que não se vêem: A verdadeira fé consiste em crer naquilo que não pode ser visto pelos olhos ou sentidos naturais, mas já existe no plano espiritual. A fé é sobrenatural. É algo espiritual, vindo da parte de Deus. Ela nasce no coração, e não na mente.

Deus age em nossas vidas de acordo com a nossa fé. É a substância que Ele precisa para operar. A ação de Deus pode ser limitada em nós se tivermos pouca fé. (Ver ex. de Jesus, quando não pôde operar milagres na sua terra natal. Mc 6:5).

No v. 2 diz sobre o bom testemunho que os antigos alcançaram. Por crerem em Deus, suas vidas foram mudadas pelo seu agir poderoso, levando-os à prática da justiça e da verdade, mesmo no meio de uma geração perversa e incrédula. Quem crê em Deus e na sua Palavra terá uma vida transformada, mudada pelo poder de Deus. E com certeza trará grande impacto no meio de um mundo pecaminoso, imerso na iniqüidade.

No v. 3 vemos que a tudo o que Deus criou foi pela fé. Veja como Deus fez: do nada ele criou toda esta riqueza e imensidão da terra e do céu, e tudo pela fé. Então, para mudar o mundo não existe outro meio senão a fé!

Veja que coisa tremenda, a fé é algo que já existia antes do mundo ser criado, e por ela ele veio a existir. Então, imagine o quanto ela poderá operar nele e transformá-lo se agirmos por ela! Por isso Jesus andou sobre o mar, por isso ele transformou água em vinho, fez uma figueira secar e mandou a tempestade se calar! Jesus agia pela fé, aleluia! Nós também podemos agir assim.

V. 4. Abel foi considerado justo, e a sua oferta agradável a Deus, por quê? Por que ele tinha fé, ao contrário de Caim. Caim esperava agradar a Deus pelos seus méritos e ofereceu produtos da terra, que não representam sacrifício, já que não têm vida. Abel ofereceu o melhor, dos primeiros da sua criação. Ofereceu um cordeiro, que é algo vivo, e que denota verdadeiro sacrifício. Por isso a Bíblia nos fala de sacrifício vivo. Vemos então que para fazer um sacrifício é preciso ter fé, eis a diferença entre os dois, a fé!

V. 5. Enoque foi um homem que andou com Deus, como? Pela fé. A fé sempre nos leva para mais perto de Deus, por isso, não tenha medo quando a sua fé for provada, pois neste instante ela está te conduzindo para mais perto dele, Aleluia! Diz ainda o versículo que ele agradou a Deus, como? Pela sua fé. O que agrada a Deus não é a perfeição, a ausência de falhas, mas um coração que acredita nele. Deus quer que você creia, por que se você crer ele transformará a sua vida e a levará a ser do modo que ele deseja. Fé, é isso que Deus quer do homem. Tanto que Enoque foi arrebatado para os céus, pois Deus o tomou para estar junto com ele. Que coisa maravilhosa!

V. 6. Por mais que uma pessoa se esforce, por mais que tente fazer tudo certinho, praticar boas obras e tudo mais, se não tiver fé não poderá agradar a Deus. Vemos muitos perguntando: Ah! Fulano não é crente, mas é tão bonzinho, acho que ele merece ir pro céu! Mas se a pessoa não tiver uma fé viva no Deus verdadeiro, ela não poderá jamais agradá-lo, e Ele é o único que pode levar para os céus. Sem fé ninguém vai ser salvo, não adianta argumentar, Efésios 2:8 diz – Pela graça somos salvos, pela fé... E esta fé tem que ser em Jesus, pois foi a Ele que Deus enviou para salvar o mundo.

Ainda no v. 6 aprendemos algo tremendo. Como nos aproximarmos de Deus? Crendo que ele é verdadeiro. É algo tão simples. A partir do momento que cremos em Deus, passamos a temê-lo, sabendo que Ele é justo e santo. E a nossa vida é mudada pela presença maravilhosa do Deus Eterno. Mais há algo maravilhoso que aprendemos, Deus está procurando pessoas que têm fé, ele procura os que o temem. Se você ir em direção a Deus, ele também irá em sua direção, ele quer te encontrar! Aleluia!

O profundo anseio de Deus é abençoar a vida das pessoas, e Ele recompensa aqueles que o buscam. Está pronto e ansioso para libertar, curar, sarar e encher de ricas bênçãos a vida daqueles que o buscam, é só ter fé. Fé nas suas grandes e preciosas promessas! Amém.

05 março 2016

O Problema do Chamado para a Pregação

Disse Jesus: "Não fostes vós que me escolhestes, antes, eu vos escolhi à vós..." (João 15:16)
 
De uma forma muito frequente, nos dias de hoje, não se têm interpretado a Bíblia de acordo com as nítidas leis que ela estabelece, mas é muito comum se desviarem em distorções e adaptações contra as suas ordenanças originais. O Evangelho foi trazido a nós através das Escrituras. E não se têm havido OUTRO fundamento (1Coríntios 3:11) desde que o último apóstolo decretou a pedra de fechamento do Evangelho cristão de que hoje nós conhecemos. Os escritos e ensinamentos de muitos santos de Deus também são válidos e úteis para a edificação da Igreja, mas é forçosamente necessário aos crentes reconhecer que as Escrituras Maiores que hoje nós temos em mãos são transcendentes, sobrenaturais e inspiradas por Deus (2Timóteo 3:16). A exposição do Evangelho está completa desde o Apocalipse de João, é o que nós temos que crer. Tudo o que vier após este apóstolo, se for considerar no nível de inspiração da Bíblia, como diz a Escritura, "seja anátema!" (Gálatas 1:8).

É verdade que todo cristão é chamado, e não somente chamado, mas ordenado a pregar o Evangelho, logo que tenha adquirido o devido conhecimento da Palavra de Deus e a capacitação do Espírito Santo. Mas também devemos saber que existem ministérios específicos, pelo menos cinco, ordenados pelo próprio Senhor para servirem de forma diferenciada dentro da Igreja.

Todos os apóstolos e profetas das escrituras tiveram um chamado (Romanos 1:1; Jeremias 1:5), e sem chamado, nunca houve apóstolo nem profeta. A Palavra de Deus diz que na Nova Aliança da Fé, da qual Jesus Cristo é a Pedra de Fundação, existem cinco chamados ministeriais principais:

"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores," (Efésios 4:11)

Notemos que o trecho diz: "E ELE mesmo deu...", ou seja, é o próprio Deus quem determina quem e quais serão os designados para exercer o serviço no ministério da Sua igreja.

"E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado." (Atos 13:2)

Ninguém pode designar, ou "empossar" homens ao ministério da pregação, nem tampouco pode alguém chamar-se "à si mesmo". Sem o chamado, não há capacitação, e sem capacitação, não há envio, nem suprimento, nem providência da parte de Deus.

O chamado do homem é o chamado da confusão. O chamado do homem é o chamado da heresia. O chamado do homem é o chamado da desordem. O trigo foi plantado pelo agricultor, mas o joio não pediu nenhuma autorização para nascer na terra. Jesus disse: "Eu sou a Videira, e o meu Pai é o Agricultor..." (João 15:1).

Assim como existem os ministros de Deus, existem os ministros do Diabo. A diferença entre eles é que os primeiros são chamados, e os segundos são "aliciados" e seduzidos.

O apóstolo Paulo disse em 1Timóteo 5:22: "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos...". Ou seja, transmitir e delegar autoridade à quem não têm ou teve o chamado determinado por Deus. Esta é a pior desgraça ministerial que pode se abater dentro da Igreja.

É necessário que todo ministro seja "provado" antes de ser autorizado dentro do ministério. Hoje em dia não existe mais provas segundo os padrões de Deus para o ministério, hoje em dia existem apenas provas teológicas meramente técnicas. É necessário primordialmente a prova de "caráter", a prova de TESTEMUNHO diante da igreja e necessariamente também diante de todos os homens. Uma pessoa sem testemunho, só porque tirou nove e meio, oito e meio ou dez na prova de teologia estudada, não deve ser de pronto admitida sem demonstrar aptidão espiritual e maturidade para o mister à que almeja desempenhar.

Deus sempre teve pressa com quem já está na obra, mas nunca teve pressa no preparo para a mesma.

O tempo de Deus caminha com o tempo da maturidade.

O candidato à obreiro também deve "expor" a sua vida diante de todos, deve ser transparente no que diz respeito à seu caráter, sua vida social e familiar. Aliás, vida familiar é um dos primeiros requisitos exigidos nas escrituras para se haver a admissão no ministério. (1Timóteo 3:4)

A vida com Deus também não se situa na quantidade de dons, nem na persuasividade da oratória, e nem nos trajes finos que o candidato têm, mas na prova da fé. Disse Tiago: "Mostra-me a tua fé sem as obras, que eu lhes mostrarei a minha fé através das minhas obras..." (Tiago 2:18), e "A fé sem as obras é morta". (Tiago 2:26).

Faça um chamado dizendo que precisa de alguém para pregar, e dificilmente haverão recusas. Mas faça um chamado para uma tarde de jejum, meditação e oração, e a resistência certamente despontará.

Aliás, falando nisto, DISCIPLINA e SUBMISSÃO é e sempre foram características de aspirantes aprovados.

A pessoa que se mostra soberba, altiva e insubmissa diante do seu pastor ou líder, está fadada ao ministério tirano, apóstata e destrutivo. Tais indivíduos em via de regra são dotados também de inveja e espírito competitivo.

Um ministério egoísta e insubmisso não é ministério de edificação, mas de subversão.

Falando nisto, você já se perguntou se você se admite de PRECISAR dos teus parceiros e irmãos de ministério? Ou você o têm desempenhado sozinho, autônomo e independente?

Somente ver e enxergar erros no pastor e no líder não faz de uma pessoa um insubmisso, mas tomá-los como pretexto para a rebeldia o faz. Se o teu pastor têm erros, ore por ele, submeta-se debaixo dele para sustentá-lo e dar à ele a chance de superar este erro, ao invés de se transformar numa carga pesada e numa cruz à mais para piorar a situação dele.

O chamado de Deus se dá num ambiente de submissão à autoridade, humildade e obediência à Sua Palavra.

E por falar em humildade, você já pensou em que TODOS os chamados para o ministério JÁ passaram por um processo de quebrantamento de espírito e prova de fé?

Pessoa DURA não é pessoa aprovada. A verdadeira autoridade espiritual não se traduz em dureza e mera austeridade, mas é "mansidão e humildade" (Mateus 11:29).

Muitos pensam que mansidão é fraqueza de caráter. Mas fraqueza de caráter é a TIMIDEZ. A mansidão suporta incompreensões, ataques injustos e ofensas, porque têm DETERMINAÇÃO e DISCERNIMENTO. Mas a timidez é um sentimento de quem não dá crédito à Deus.

Um ministro duro e prepotente certamente não poderá suportar as dores, os processos de crescimento e os ataques de fraquezas de seus liderados.

A marca de um ministro duro são ovelhas débeis na fé.

Existe, com certeza, a hora da correção e da palavra dura, mas esta é sempre precedida por atitudes de amor, paciência e solidariedade.

Todo membro e todo liderado se achega à Cristo cheio de fraquezas e cheio de durezas. Se o ministro não tiver paciência, sabedoria e humildade para sofrer ESTAS e POR estas pessoas, elas jamais poderão ter o crescimento e o fortalecimento na fé.

O ministério de Deus é um ministério de sacrifício.

Aliás, disposição para sofrer é uma das marcas do aspirante aprovado.

O chamado para a pregação jamais se dará em um ambiente de contendas, mas de unidade, santificação e devoção, "E, servindo eles ao Senhor, e jejuando..."(Atos 13:2). Por quê digo isto? Porque 50% das denominações que existem hoje vieram de "cismas", divisões e revoltas dentro de outros ministérios. Isto à nível de denominação e à nível de ministério individual. Se o teu "chamado" proveio da tua revolta e indignação por causa dos erros do pastor e ministro "X" ou "Y", pode desistir pois o teu chamado é o chamado da TUA RAZÃO, ou razão de um grupo, e não da VOCAÇÃO de Deus. E sabemos que a NOSSA razão nunca coopera com a razão de Deus.

Se você ainda está me resistindo sobre esta última afirmação, leia o exemplo de Samuel, Saul e Davi (1Samuel 8:1), que MESMO com este rei e líder, Saul, estando em erro, corrompido e desobediente à Deus, NÃO se levantou contra a autoridade dele, nem tentou formar outro reino, mas deixou o próprio Deus tratar dele no tempo determinado. Se o teu pastor ou líder se tornar perverso, e você não puder suportar a autoridade dele, você ainda têm esta opção, como Davi o fez, se não houver possibilidade de diálogo, APENAS SE AUSENTE, mas não se levante em REBELIÃO, e nem tente criar outro ministério apenas para DERRUBAR este tal líder, pois agir assim não proverá de Deus.

Deus não chama ninguém em ambiente de CONTENDA!

Tentar derrubar um ministro ordenado, ainda que este esteja errado nunca será uma atitude de quem têm um legítimo chamado. Existem autoridades e conselhos competentes na Igreja para tratar todas as situações.

Por enquanto é só amados irmãos e irmãs, que Deus possa estar trazendo mais luz sobre o assunto a todos vocês. Porque embora o Chamado de Ministério Específico dentro da Igreja seja exclusivo para àqueles que são especialmente designados, o chamado para pregar o Evangelho e para dar Testemunho de Cristo é para TODOS os salvos que batalham na Fé.


13 fevereiro 2016

Andando pela Fé

“porque andamos por fé, e não por vista” (2 Coríntios 5:7)


Após a maravilhosa multiplicação de pães e peixes, ao declinar do dia, Jesus orientou os seus discípulos a passarem para o outro lado do mar da Galiléia, enquanto ele despedia a multidão. Então subiu ao monte e se pôs a orar noite adentro. Na quarta vigília da noite, de madrugada, ele foi se encontrar com os discípulos, andando por sobre as águas do mar.

Lá estão os discípulos no barco; ventos fortes, mar agitado, situação tensa, força nos remos, dificuldades na progressão da viagem curta, porém atribulada. Momentos antes estiveram comentando extasiados o feito extraordinário do Mestre, que com apenas cinco pães e dois peixes alimentou uma multidão faminta de umas quinze mil pessoas; mas agora o espanto e o pavor se apoderaram deles, alguns perguntam desesperados: cadê o Mestre! agora que nós precisamos dele, será que ele nos abandonou neste mar bravio para morrermos afogados?! Outro, desacreditado já diz: porque é que nós cometemos esta loucura de seguir a Jesus? teria sido melhor se ficássemos quietos, vivendo a nossa vida pacata e tranqüila; antes nós não tínhamos estes problemas... Mas outro o interrompe: Pare de reclamar e põe força nestes remos... Outro começa a chorar: Há! eu vou morrer!!! tão jovem... será que Jesus me enganou??? De repente uma onda gigantesca se choca com o barco, quase que vira. Outro já está escrevendo o testamento de despedida. Pode-se imaginar Pedro olhando para André e dizendo: Porque é que você foi me meter nessa?! eu estava quieto cuidando da minha pescaria e você vem e me leva até Jesus para vir parar numa situação destas!
Mas num certo momento um deles avista um estranho vulto no meio da escuridão, corre um frio na espinha, com voz trêmula pergunta aos companheiros: Meu Deus! O que é aquilo? os outros percebem, alguém grita: É um fantasma! Aaaaah!!! o espanto se apodera deles e todos dão grandes gritos. Mas uma voz firme, porém suave é ouvida: Não se assustem, sou eu, não tenham medo! Pedro ainda apavorado diz: Senhor, se és tu mesmo, manda eu ir até aí, andando sobre as águas! Pelo visto Pedro gostava de desafios, ele estava disposto a arriscar a vida pela palavra do amado Mestre. Nesta altura ele devia estar pensando: venha o que vier, haja o que houver! vou me lançar a encontro de Jesus, se ele não me salvar, nada mais vai me salvar. Jesus, então, conhecendo a disposição do coração de Pedro, dá a palavra de ordem: Vem! Pedro ouve a palavra e esta lhe incendeia uma fé sobrenatural em seu coração, num instante ele têm a plena certeza que pode andar sobre o mar turbulento, que pode ousar o impossível, que pode todas as coisas pela palavra de Jesus, ele sente que ela tem um poder sobrenatural, é a mesma palavra que criou os céus e a terra, não importa mais os obstáculos, estes se tornaram irrelevantes diante da autoridade da palavra do Senhor. Jesus não mandou Pedro descer no mar, não o mandou andar por sobre as águas, não mandou que um milagre acontecesse, mas mandou simplesmente: venha! O poder da ordem já havia sido dado, tudo o que se interpusesse no caminho não tinha poder de impedir que ela fosse cumprida.

Lá vai Pedro descendo do barco, deixando a segurança do natural e partindo para o sobrenatural, pisa na água como se fosse terra, sente uma estranha firmeza, algo que o sustenta. Toma confiança e dá o primeiro passo. O pé não afunda, nem desliza. Olhos fitos no Mestre, segurança no coração; mais um passo, e parece que a firmeza aumenta, uma fé sobrenatural invade a sua alma. Mas em certo momento uma onda passa ao seu lado, a água bate no joelho. Pedro olha para os lados para verificar a situação, ver o que está ocorrendo em sua volta, e se assusta ao ver que o mar se agitava, o vento estava cada vez mais impetuoso, parecia que tinham se enfurecido contra ele, a cada passo a situação piorava. Os olhos de Pedro não estavam mais em Jesus, uma ansiedade começa a tomar conta dele, seu coração dispara, um pensamento lhe vem à mente: você vai afundar, não se anda por cima da água, a água não é como terra, você vai se afogar e morrer! E mais uma onda passa, só que esta lhe atinge em cheio, molha até a cabeça. Pedro começa a se arrepender da loucura que fez, pensamentos negativos lhe roubam a fé e quando ele olha a água já estava na cintura, tinha começado a afundar! A princípio ele se debate, pensa consigo mesmo: ora, mais eu sei nadar! vou voltar nadando para o barco. Só que outro vagalhão lhe acomete, e neste ele chega a beber água, não dá pra nadar! Ele começa a se angustiar, trevas se apoderam de sua mente, pensamentos de morte assaltam a sua esperança de se salvar. Já não está andando sobre as águas, as águas é que estão sobre ele, as coisas voltaram ao natural, ao comum, homem não anda em cima de água. Agora ele está como qualquer um, a mercê das águas bravias do mar, se afogando no meio delas. Quando já lhe faltava o ar, quase perdendo os sentidos, seus olhos fitam um homem em pé em cima das águas, parado, como aguardando algo. Pedro já havia se esquecido de Jesus, sua mente se voltou para as circunstâncias, e estas lhe dominaram. Uma fagulha de esperança se acendeu em seu coração, ele se lembrou do Mestre. Sim! é Jesus! Ele ainda está presente! Mas por quê não veio me ajudar? Será que ele não viu que eu estava quase morrendo. E grita: Meeeeestreeeee, salva-me! Pedro não esperava achar socorro, tinha perdido as esperanças, mas agora ele pode clamar a Jesus na sua angústia. E a resposta veio. Jesus se aproxima de Pedro, com olhar sereno e cheio de ternura ele estende a sua mão, Pedro pensa: eu não mereço isso, eu duvidei da Sua palavra. Mas o amor de Jesus atinge o coração de Pedro, que segura firmemente a mão do Senhor. Uma força parece lhe passar pelos braços, algo sobrenatural o faz estremecer, seu coração revive, a chama de sua fé torna-se maior do que no princípio, a presença de Jesus lhe transmite uma firme segurança, e a paz lhe invade a alma. Então num momento se esquece do mar, das ondas, da angústia, dos pavores, algo como que uma luz ofuscante esclarece sua mente, sente que pode confiar no homem que está junto dele, Jesus de Nazaré, o humilde carpinteiro, que tinha algo mais que humanidade, era o “Emanuel”, era Deus conosco. Levanta-se diante de Jesus, e este lhe pergunta ternamente: Homem de pouca fé, porque você duvidou? Pedro, logicamente, não têm palavras para responder. Apenas segura nas mãos de Jesus, que o conduz ao barco, ainda andando por sobre as águas, mas agora Pedro nem se dá conta disso, a presença de Jesus faz com que todas as demais coisas sejam esquecidas.

Alta madrugada, mar agitado, ventos impetuosos; e Pedro se sente como se estivesse andando nas nuvens, à luz suave do sol da manhã, na calmaria matutina. Os discípulos, no barco, emudeceram diante da cena que presenciaram, mau respiravam, olhos arregalados, mente cativa, também estavam olhando firmemente para Jesus, que entra no barco com Pedro. Segue-se uma calmaria, uma paz celestial toma conta do ambiente, sente-se na carne uma presença majestosa, um temor há no coração dos discípulos, não mais o temor do mar, das ondas, dos ventos, mas algo jamais sentido, que inspira profunda reverência. Eles olham para a face de Jesus, o seu olhar penetra até o interior das suas almas, como que vendo tudo o que se passa em seus corações. E Inclinando-se, eles o adoram dizendo: Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!

Tirando Forças da Fraqueza

“Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte.” (2 Coríntios 12:10)

Muitas vezes nos sentimos fracos. Há momentos em que as forças realmente parecem ter se acabado, quando luta após luta, nos sentimos cansados e abatidos. As adversidades das circunstâncias nos oprimem, e somos tentados a desistir. Mas ao invés de desanimarmos, nestes momentos é que nós podemos nos levantar e vencer o Inimigo; pois nas nossas fraquezas a força de Deus se faz maior em nossas vidas. Não devemos pensar que somos fortes quando tudo está correndo bem, quando as coisas se encaminham suavemente. Deus usa as dificuldades para nos fortalecer; é como acontece com um soldado, se ele não tiver um duro treinamento, não estará preparado para a guerra, e o seu treinamento deve continuar a fim de que ele não perca o vigor. Não precisamos aceitar as mentiras do Príncipe das Trevas, ele quer nos fazer acreditar que estamos derrotados, que tudo está perdido, que as nossas forças se acabaram e por isso chegou o nosso fim. Mas podemos descansar no Senhor Jesus e ouvir as suas palavras de conforto: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Coríntios 12:9). A graça do Senhor é suficiente para nós, assim como um oceano é suficiente para um peixinho. Ela abrange tudo o quanto nós precisamos e supre todas as nossas necessidades. Por isso não devemos olhar para a nossa própria força, mas para a força dAquele que tem Todo o Poder nos céus e na terra. Ele nos sustentará com o seu braço forte em toda e qualquer situação. Ainda que andemos num deserto seco e abrasador, Ele nos sustentará e fortalecerá; e se for preciso, fará brotar água da rocha e chover pão do céu!

A nossa fonte de força provém de Deus, e Deus habita no nosso interior: “Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada.” (João 14:23). Não devemos olhar para o que ocorre em nossa volta, porque assim perderemos a fé. Mas devemos olhar para Jesus, que habita em nós - os que nEle cremos - e a nossa fé será fortalecida.

Deus também opera desta maneira para que aprendamos a confiar nEle, e não em nós mesmos; pois nós somos totalmente dependentes dEle, como vasos de barro, frágeis, mas por Ele mesmo protegidos: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte.” (2 Coríntios 4:7). O que importa é estarmos com o coração totalmente entregue ao Senhor.

Portanto, podemos estar sempre de bom ânimo e contentes em todas as circunstâncias, estando fracos ou fortes, pois o Senhor é a força das nossas vidas! E podemos todas as coisas nAquele que nos fortalece!

“...de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. (2 Coríntios 12:9)”