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Españou

04 julho 2020

A Obediência de Cristo

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz." (Filipenses 2:5)

A Escritura nos diz que Deus enviou o Seu Filho ao mundo, nascido em carne como homem, nascido debaixo da Lei como um de nós, para que por meio dele tenhamos acesso ao Pai, vivamos e sejamos salvos. Temos que entender que Cristo, mesmo sendo Deus, não exigiu privilégios, nem invocou para si os direitos divinos que legitimamente possuía, nem ainda lançou mão dos poderes ilimitados que dispunha para si. Ele, mantendo apenas a sua natureza e identidade divina, se revestiu da nossa perfeita natureza humana, com todas as suas insuficiências, dores e limitações, no entanto que em íntegra santidade, e nEle nunca houve nenhum pecado. Ele viveu, interagiu e atuou no mundo debaixo das mesmas condições à que estamos sujeitos, debaixo da total dependência e obediência ao governo e poder de Deus Pai, isto devemos entender. Ele se fez homem como nós, isto é um dos grandes mistérios da obra da salvação, muito embora nunca teve pecado e nunca anulou a sua identidade e natureza divina. E como Jesus era um só com o Pai, Ele se tornou Emanuel, Deus revestido da nossa humanidade vivendo Entre Nós, o qual foi visto, ouvido e tocado por muitos. E estando nesta condição, Ele se sujeitou à todas as leis e limitações à que todos os homens também estão sujeitos, exceto o pecado. Ele não foi desleal, Ele foi Verdadeiro e Justo: Nasceu de uma mulher, se desenvolveu, cresceu, interagiu com as pessoas, sonhou, desejou, amou, sofreu, serviu ao próximo, obedeceu aos pais, obedeceu às autoridades civis, orou, ouviu a Palavra de Deus, se sujeitou à ordenança universal do trabalho, sentiu tristeza, sofreu com a escuridão, a rebeldia e o ódio nos corações do mundo, esteve sujeito à fome, sêde, temperatura e esgotamento físico, foi separado, rejeitado, injuriado, blasfemado, zombado, cuspido, desprezado, discriminado e julgado por indigno. Todas as dores e tribulações que sofremos, Ele também sofreu, e ainda em maior medida do que nós! Ele foi obediente, mas também aprendeu a obediência através das coisas que sofreu. Ele viveu no temor de Deus. Ele não dependia de si mesmo, nem lançou mão do próprio poder. Ele foi o último a ser atendido, o menos estimado e o servo de todos os homens, por amor à justiça. Se sujeitou à dependência do Espírito Santo e da Palavra Escrita, pregou a verdade, curou enfermos, expulsou demônios, promoveu a justiça, o juízo e a paz, iluminou o mundo, anunciou e trasladou o Reino dos Céus para a Terra, entregando a Sua vida como oferta à Deus para salvar o mundo dos seus pecados, e ressuscitou eternamente vitorioso, em poder e glória, para que, tendo Ele vencido, nós fôssemos salvos e justificados diante de Deus para sempre, segundo as justas exigências da Sua reta justiça. Ele foi obediente até a morte. Isto é uma vida perfeita, isto é o sublime exemplo de obediência. Jesus não se exaltou a si mesmo, mas nos amou sem medida e entregou absolutamente tudo de si para que fôssemos salvos, e renascidos em santidade diante do Santo e Justo Deus Único, pudéssemos viver uma nova e regenerada vida, seguindo o seu bendito e eterno exemplo de obediência e vida reta neste mundo e diante da Face de Deus.