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22 julho 2021

A Perpetuidade e Indivisibilidade do Reino de Deus

"Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração." (Daniel 4:3)
 
O Reino de Deus é um reino uníssono, integral e singular, centralizado, uniexistente e que não pode ser dividido. O Reino de Deus, que procede dos céus e que é desde a eternidade, no princípio existia na Terra através de Adão, antes da queda. Quando Adão desobedeceu a Deus e deixou o pecado entrar no mundo, o Reino de Deus foi tirado dele, e a morte e o império das trevas entraram no mundo. Seguiu-se um tempo de testes e provas para a humanidade, regida somente pela consciência. Como o mundo daquele estágio fracassou, com uma corrupção total e insuportável dos homens, exceto de um só que permaneceu temendo a Deus, Noé, então veio o primeiro grande juízo de Deus sobre o mundo, o dilúvio, que matou a toda carne, a todo ser que respira debaixo dos céus, permanecendo somente Noé, com a sua família e os seres naturais que entraram na arca. Noé se tornou um precursor e princípio de uma continuidade do Reino de Deus na Terra, mas ainda não de uma forma mais específica. Com Noé se estabeleceu o estágio do Governo humano sobre a Terra, um primeiro estado de instituição de autoridade e de lei sobre o mundo. Por exemplo, não ficaria mais impune o crime do homicídio, mas quem tirasse a vida do homem, pelo homem a sua vida seria tirada. Entre muitas situações, o homem tentou se ajuntar totalmente num só reino e lugar da Terra, no acontecimento da Torre de Babel, instituindo um governo mundial central e rebelde contra Deus, e desafiando o mandamento de Deus para o homem de se multiplicar e encher toda a Terra, para que somente Deus, que tem poder, governasse de fato o mundo. Deus interveio, confundindo a língua de todos, de maneira que todos se espalharam por sobre a Terra.
 
O Reino de Deus começou a ser implantado de uma forma mais decisiva novamente na Terra através de Abraão. Deus se revelou a Abraão como o Deus Todo-Poderoso, e lhe deu uma aliança de fé, prosperidade e de futura salvação. Através da Aliança com Abraão, Deus prometeu que lhe daria uma descendência muito numerosa, extraordinária e bendita, através da qual todas as famílias da terra seriam também benditas, e através do descendente escolhido, que seria Cristo, seria realizada a salvação do mundo, a salvação de Israel e de todos os povos da Terra entre os que crêem no Nome de Deus. A Aliança de Abraão foi confirmada para sempre quando este provou a sua fé pela completa obediência à vontade de Deus, prefigurando também que através da fé seriam justificados todos os que crêem. O Reino de Deus então prosseguiu o seu estabelecimento, estando dentro de Israel, os descendentes de Abraão. Quando o povo de Israel se multiplicou, servindo aos egípcios, e quando o tempo da sua libertação e instituição como nação chegou, Deus interveio novamente, enviando a Moisés, com autoridade, sinais e maravilhas, pela mão de Deus, que feriu a terra do Egito e os libertou, com grandes milagres, das mãos de Faraó. O povo de Israel andou pelo deserto quarenta anos, onde Deus instituiu com eles a Aliança da Lei, ou Aliança Mosaica, dando-lhes, através da obediência aos Seus mandamentos, a promessa de que Ele seria o Seu Deus e eles o seu povo particular, escolhido e separado entre todas as nações. Este foi mais um ponto do plano do estabelecimento do Reino de Deus. E Israel, depois de receber grandes disciplinas e juízos, entrou em batalha na terra prometida de Canaã, expulsando e destruindo os povos que pelas suas persistentes más obras, foram desapossados de suas habitações, e Israel tomou posse da terra que fora dada a Abraão por juramento e promessa. Seguiu-se o estágio da existência de Israel como povo e nação instituída.
 
O Reino de Deus estava presente e operando dentro de Israel, mas ainda não era a sua plenitude. Após muitos acontecimentos, de estágios cíclicos de desobediências e arrependimento, onde Deus executava juízos, disciplinas e intervenções de libertação para tratar o coração do povo, então se instituiu o tempo da monarquia, onde existiram os reis de Israel. Após a desobediência de Saul e a sua expulsão, Deus escolheu a Davi, que era segundo o Seu coração, para governar o seu povo. Foi com este que Deus estabeleceu uma importante aliança de fidelidade, de reinado perpétuo e de paz. Apesar de suas fraquezas e momentos de pecado, Davi era um homem que cria e confiava completamente em Deus, confessando o Seu Nome, e sempre se humilhando e se arrependendo, de maneira que este agradou a Deus, e alcançou bom testemunho, a ponto de Deus lhe dar também a promessa que de um dos seus descendentes seria levantado o Cristo, o salvador de Israel e do mundo. A Aliança de Deus com Davi foi também um importante ponto no plano do estabelecimento do Reino de Deus sobre o mundo. Seguiu-se o tempo da monarquia em Israel, onde como antes houve períodos alternados de obediência e desobediência, tempos de arrependimento, mas também tempos de idolatria.
 
Após muitas intervenções e paciências de Deus, perdoando-os por muitas vezes, e exortando para que o povo se arrependesse, e não havendo respostas, nem conversão, mas persistindo o pecado, o derramamento de sangue e a idolatria, Deus então entregou Israel e Judá para um juízo e disciplina mais decisivos, permitindo que reinos estrangeiros os vencessem, invadissem e destruíssem a sua terra, levando o povo escolhido em cativeiro para terras distantes. Porém a desobediência de Israel já havia sido prevista, e o plano do estabelecimento do Reino de Deus continuou progredindo e avançando. Após suportar o cativeiro, Israel foi brandamente restabelecido novamente à sua terra, embora debaixo do império de outros reinos, como o da Pérsia, onde houve a reconstrução da cidade de Jerusalém e do segundo Templo. Houve então tempos de sucessivas tentativas de restabelecer o reino independente novamente, onde por fim os judeus foram subjugados e subordinados pelo grande império Romano. Depois do profeta Malaquias, houve um período de silêncio da Palavra de Deus, de cerca de quatrocentos anos, até que finalmente chegou a plenitude dos tempos do mundo, o tempo da vinda do Escolhido, o Filho de Deus e Messias prometido desde antes da fundação do mundo, a Jesus, que nasceu de Deus como o Novo Adão da raça humana, santo, incorruptível, inocente e sem pecado, filho de Davi, segundo as Escrituras, ainda que gerado pelo Espírito Santo, pelo qual Deus traria a salvação para Israel e para o mundo, e o pleno estabelecimento do Seu Reino Celestial no mundo, embora primeiro na dimensão interior dos corações do mundo entre todos os que crêem no Seu Nome.
 
Jesus nasceu como homem, gerado de Deus, santo e sem pecado, sendo Ele Integralmente Deus e Integralmente Homem. Ele nasceu, cresceu, se desenvolveu, se submeteu a todas as implicações humanas a que todos nós também estamos sujeitos, exceto o pecado. Ele se submeteu aos pais, às autoridades civis, à Palavra de Deus e a dependência do poder do Espírito Santo. Ele cumpriu todas as coisas, sofrendo por nós todas as dores e tentações em que todos nós também estamos sujeitos, mas Ele, pela fé e obediência a Deus, à tudo venceu. Ele pregou o Evangelho, trouxe libertação aos cativos espirituais, luz aos que estavam nas trevas, curou os enfermos, estendeu as mãos aos desprezados e perdidos e pregou as boas novas aos pobres. Ele manifestou o poder de Deus, pregou e deu testemunho da verdade para todos, como o Supremo Embaixador do Reino de Deus na Terra. E tendo vivido a única Vida Perfeita, Santa e Justa que era possível entre os homens, tendo sido aprovado por Deus e vencido todas as provas da humanidade, entregou-se a si mesmo como oferta e sacrifício a Deus como expiação e satisfação do Juízo e da Justiça Divina, para que houvesse a possibilidade de perdão para os pecados de todo o mundo, entre todos aqueles que receberem o Seu Testemunho do Poder, da Vontade e da Verdade de Deus através da Fé. E porque o Seu sacrifício e a Sua vida justa, no Seu sangue inocente, agradou e satisfez a Justiça de Deus, trazendo perdão e redenção para todos os que crêem, e porque Ele venceu todo o poder do pecado e das trevas, Deus o ressuscitou glorificado e em vitória, ao terceiro dia, para a completa salvação e justificação de todos aqueles que crêem no Evangelho da Verdade.
 
Em Jesus, o Reino de Deus foi integralmente, e permanentemente estabelecido sobre a Terra, muito embora que ele foi instituído nas dimensões interiores da existência da Terra, dentro dos corações dos salvos, e não começou com visível aparência. O Reino de Deus então foi temporariamente tirado de Israel, que havia caído em incredulidade e desobediência, e então foi entregue à Igreja de Cristo, todos aqueles que recebem a salvação, nEle, através da fé no Seu Nome, e são renascidos e regenerados em espírito para uma nova vida incorruptível, que agora nasce primeiro do espírito, através da fé na Palavra de Deus. O Reino de Deus agora está na Igreja de Jesus Cristo, o qual é o Cabeça e Senhor da mesma, o qual recebeu, da parte de Deus, todo o poder sobre os céus e a Terra, sobre os quais já reina, aguardando que todos os Seus inimigos sejam posto por estrado dos Seus pés, até o tempo do fim.
 
O Reino de Deus, que está centralizado nos céus, é uníssono e não pode ser dividido, agora está dentro da Igreja de Jesus, Igreja que não está em templos, nem em nomes terrenos, mas que está nos corações habitados pelo Reino e Espírito de Deus, entre os que creram no Evangelho e foram salvos e renascidos em espírito para uma nova vida incorruptível pelo arrependimento dos pecados e através da fé. O Reino de Deus, neste estágio presente em que vivemos, desde a ascensão de Cristo, e até a Sua eminente volta visível, está estabelecido dentro da Igreja, e o Poder, a Presença, o Trono do Domínio, a Palavra e as Promessas de Deus estão entre eles, entre os que são renascidos pela fé e estão debaixo da autoridade e senhorio de Jesus, que é o Senhor de todos, mesmo sobre este mundo caído e sobre aqueles que ainda permanecem rebeldes a Deus nas trevas e na incredulidade, embora estes estejam em condenação e não poderão ser salvos, se não se arrependerem dos seus pecados em tempo para crer na verdade, e se permanecerem na incredulidade até o fim. Aqueles que permanecerem no reino das trevas, que é sustentado pela incredulidade e pecado, não participarão da salvação, da redenção e da bênção do Reino de Deus, mas estarão no caminho do Juízo Eterno e Destruição.
 
O Reino de Deus, no plano da eternidade, já teve sucesso e foi estabelecido na Terra, através da vida e obra de Jesus, e nada mais poderá impedir que a Sua completa manifestação apareça, inclusive no plano visível. O Reino de Deus está dentro da Igreja Verdadeira até a volta visível de Jesus, que se manifestará em poder e glória sobre as nuvens dos céus, aniquilando todo o resto de poder e de domínio do império das trevas que ainda resta sobre o mundo, trazendo de forma plena e absoluta o Domínio e Reino Eterno de Deus, que então será para todo o sempre, também sobre este mundo e sobre esta Terra em que estamos. Após a vinda vitoriosa de Cristo, então, Israel, finalmente se arrependerá e se converterá a Deus, crendo no Seu verdadeiro Messias, em Jesus, pois Deus não abandonou Israel, que foi reprovado apenas temporariamente, mas que continua sendo o Seu povo, que tem as promessas dos pais e as alianças eternas, inclusive a promessa da total redenção, restauração e libertação que, junto com a Igreja, durará para sempre. Foi através dos Judeus que a salvação foi trazida ao mundo. Eles são benditos e abençoados, guardados por Deus, muito embora tenham sofrido e sofram muitos juízos e disciplinas da parte de Deus para que se convertam, tenham o arrependimento e sejam aperfeiçoados para a completa salvação. Devemos prestar atenção que do mesmo modo em que Deus disciplina e disciplinava Israel, Ele também disciplina a Igreja, na qual no tempo presente está o Seu Reino, para que se converta do mal, do pecado, da idolatria e se voltem para o caminho da fé, da submissão e obediência à Ele.
 
Após a vinda de Cristo, que será vencedora, com poder e glória, então Israel e a Igreja serão unidos em um só Reino, e os dois povos se farão como se fosse um e serão os dois, juntamente e sem separação alguma, os portadores do Reino de Deus sobre a Terra, que então será estabelecido em totalidade e plenitude, em glória, onde todos os salvos, de todos os tempos, estarão corporalmente ressuscitados incorruptíveis e imortais, em plena esta dimensão visível, e o Israel de Deus, que são de fato um só povo, viverá e reinará glorioso e vitorioso, com Cristo, os mil anos de paz que será o Reino de Deus visível sobre a Terra, no fim dos quais haverá o juízo final e a ressurreição dos outros mortos, os que não foram salvos, que também ressuscitarão, mas para enfrentarem o juízo e a condenação final segundo as suas obras, e estes irão para o desprezo e juízo eterno. Mas os salvos, os que creram em Deus e em Seu Filho, contemplarão a destruição material desta Terra e deste Universo velho, contemplarão o nascimento de um novo Céu e uma Nova Terra, um novo universo, eterno, onde habitará a justiça. E todos os salvos, em eterna glória e vida viverão e reinarão com Deus e com Cristo para todo o sempre e eternamente, e o Senhor será o Seu Deus, e com eles habitará, e eles serão o Seu povo no Reino de Deus que já é desde a eternidade e que também para nós existirá e não terá fim, eternamente, pelos séculos dos séculos.

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